Publicado nos Cadernos Benjaminianos v. 15, n. 2 (2019)
ISSN 2179-8478 (eletrônica)
Resumo: A partir de uma análise seletiva de oito fotomontagens do livro “Pintura em pânico” (1943) de Jorge de Lima traçamos correspondências entre as imagens do poeta alagoano, a iconografia barroca e alegórica estudada por Walter Benjamin, e as tópicas privilegiadas pelos artistas surrealistas europeus. Veremos como a praxis e os procedimentos criativos de Lima bebem das fontes dos artistas da vanguarda francesa do início do século XX, ecoando as investigações empreendidas pelo movimento encabeçado por André Breton e Georges Bataille – que, por sua vez, se configurou, nas palavras do crítico Ronaldo Brito, como: “uma tentativa heróica de atacar o cogito cartesiano” e “denunciar a falência do projeto moderno”. Para tal nos apoiaremos nas preposições, escritos e obras destes escritores supracitados, bem como nas trocas epistolares entre os poetas, Murilo Mendes e Jorge de Lima, bem como a relação de ambos com o pintor Ismael Nery.
Palavras chave: Surrealismo no Brasil; artes visuais; vanguardas modernas; fotografia.
Texto em pdf na íntegra: http://dx.doi.org/10.17851/2179-8478.15.2.55-74
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